O sol estalou no alto, a vida virou do avesso, aquilo que ela não sonhava mais tinha retornado. Aquilo que ela havia superado, tinha retornado. O sentimento estava diferente, havia um vinculo, uma ligação forte, mas estava morno. Não causava mais ebulição e vontade de estar sempre junto, ou grudar e falar a todo momento. Seria amor?
Aceitava o outro como era, chato, cheio de manias insuportáveis, mas que tinha boas qualidades também. Tinha carinho, sabia ouvir, era engraçado, mas as vezes parecia um velho rabugento. Mudava de opinião, era amigo, aconselhava. Seria amor?
O sentimento era algo dentro do peito forte que não sugava para baixo ou para cima, o sentimento ficava centralizado e fazia pensar na pessoa quase 24 horas por dia. Seria amor?
Havia escolhas a serem feitas, ela precisava decidir com quem ficar. Ele foi embora e surgiu outras pessoas na vida dela. Então ele voltou. E agora?
Ela estava deixando o fluxo da vida seguir. Ela estava mais esperta, menos boba apaixonada e cega, mais consciente e pés no chão.
A vida tem dessas surpresas e reviravoltas. Ela vivia como a ilha, o mistério a rondava, e o coração inundava como o oceano. Ela ainda precisava lidar com a expectativa criada, ansiedade surgida, e querer controlar o outro, tudo pelo medo de perder. Mas nessa vida, nada tem controle, as pessoas ficam porque querem e vão embora pelo mesmo motivo. Cabe ela se aprimorar, lapidar e encontrar seu time certo.
O seu time era a ilha, pequena e cheia de mistérios e trazia reviravoltas inimagináveis.