As pessoas tendem a justificar seus atos e amenizar com palavras inúteis. O inútil de magoar sem nenhum traço de remorso. Acredite em mim, a sacanagem não é justificativa para atenuar decisões. Esqueça ingenuidade. Avance sem medo e aprenda a domar a si mesmo. Seja mais que uma estátua, não deixe palavras tolas lhe derrubar.




A gente deveria gostar de quem gosta da gente. Mas, nem sempre é assim. O coração não quer ser mandado tampouco pisado. E aí novamente se inicia o ciclo; ela ama um cara que ama outra, e outro cara ama ela que não ama ele.
Triste né? É a realidade, sem ser esnobe, mas ela não sentia vontade de sair com ele. Ele era legal, entretanto, ela não sentia atraída por seus sentimentos. Quem sabe um dia ela encontre alguém que publique igual sintonia. Afinal até uma música precisa de público para dar certo. O público que diz: - É ele!



Às vezes, ela queria ser uma mosca e pousar nos pensamentos dele;
Às vezes, ela transformaria em super heroína para congelar o tempo para poder vislumbrar o sorriso dele novamente;
Às vezes, ela correria e o abraçaria forte para não largar nunca mais;
Às vezes, ela enrubesceria com a gargalhada gostosa dele;
Às vezes, ela sentiria a barriga pesar e o corpo amolecer quando ele sussurrasse seu nome;
Contudo, até o às vezes perdia para o presente.




Mudanças. Personalidade. A angústia que permeia o coração. Falta dele. O faltar das palavras. Aquelas palavras que ferem como uma dor. A dor que passa. O passar das mudanças que amadurecem. Ela havia amadurecido suas escolhas. As escolhas que ainda sim erravam o caminho. Que caminho é este? O caminho das pessoas que opinavam sobre sua vida. Contudo, o entardecer desanuviava a fúria e acertava o alvo. Igual alvo de certezas do que esperaria do futuro. O futuro das palavras que a brisa sussurrava: vencer.




Sonho. Ela um dia sonhou. O sonho dos planos. Sabe aqueles obstáculos ? A força enfrentou cada um deles. Os risos desdenhosos. Encontros com pessoas falsas. Confiar no errado. Errar. Erra novamente. Raiva. Ódio. Chorar. Angústia.  Ela não fez nada. O nada de não importar. Tudo está dentro da mente. A mente que engana. A mente que faz sonhos. A mente que conquista realidades.




Sensação boa demais. Corta os cabelos encaracolados. O chanel prevalece e arranja confiança. Menina que corre agitada. Então, de repente, o conforto de desvai. O frio penetra os dedos trêmulos. Como um cara pode fazer isso a ela ? Lembranças reaparecem aos poucos. Não existem felizes para sempre. Ele estava lá, no ponto de ônibus. Ele estava tão lindo. E ele não parava de olhar para ela. Ela para ele. Eles não trocam mais nenhuma palavra. Somente olhares. Para onde foi parar a voz? Ela seguiu em frente. Ele também. Ela jogou tudo para cima e o peso saiu dos ombros.



É como se um frio tivesse ido embora. E finalmente o verão chegara. Droga! Expressou-se Gabrielle. É como se tudo houvesse regredido para finalmente confrontar a dor e apagá-la como um sopro de um vela. É um pedido que espalhou-se na promessa. A promessa de ficar bem.




Gabrielle escondeu-se detrás da porta. De modo que ao comprimir a barriga, a respiração ficara rasa e dificultosa. Entrementes, a cena marcara seus olhos agora tristonhos. Como era possível não querer mais aquela pessoa mas sofrer mesmo assim ? Porque ainda doía vê-lo com a outra?
Gabrielle continuara desnorteada, a visão do paraíso e dor perpassando as pálpebras. Aquele homem fora algo importante. Já não era mais.
E a dor ? Seria a ficha caindo?
Leonardo projetava, queixo protuberante e sorriso destacado, uma garota desconhecida aos braços. Enquanto que Gabrielle de braços afivelava as emoções e pisava em vidros. Finalmente a superação encantaria novamente. E a fase passaria como um conforto dos cobertores.

O confronto chegara...




Gabrielle estagnara. O estagnar de vislumbrar alguém. 
Leonardo. Ele vislumbrara alguém.
O alguém de não ser Gabrielle.
Havia a terceira pessoa.
Uma mulher.
Gabrielle, mordeu o passado. Acalentou os beijos roubados e esquecidos no tempo anterior. Ela e Leonardo tinham o brilho dos olhos. Nisso, o brilho havia acabado. Eles estavam distantes. Cada qual em suas vidas. Entrementes, ela não queria retornar a ele. Não.
Mas a dor a abateu-se. Ela dobrou-se. Os olhos criaram forças em chorar. 
Gabrielle caira a ficha.
A ficha das rachaduras.





Afrânia virou-se zombeteira para seu passado. Havia aposentado as sapatilhas, livros e o adorado piano. Certa vez, ela enxergou em Cecília, nariz adunco, a si própria. Por isso a rejeitava do mesmo modo que não conseguia se afastar dela. Quando pequena tinha um affair com Breno. Entrementes, de Breno surgira Bruno, Antonio, Marcelo...
Esta garota, sem papas na língua dizia o que bem entendesse, sofrera perdas e no fim a rebeldia tomara conta. A conta de que no fim ela crescera e crescera. Já era mulher e por mais que mantesse uma máscara de dureza e cabelos curtos, Afrânia, também completava anos.

Feliz aniversário bitter longer!

Lorena.



O vento havia mudado de curso. A areia continuava intacta. Alguns diziam ser milagre. Outros diziam ser lenda. Outros apenas criticavam. O castelo de areia ainda não fora derrubado. O milagre de derrubar seria a própria lenda. Gabrielle corria por aquela direção. Aquele castelo a abrigaria por algum tempo. O tempo suficiente das criticas não derrubarem o castelo de areia
O castelo de areia.
O castelo de areia que abrigava Gabrielle.


O viaduto, como sempre, exalava a festa entre os jovens. Pessoas de todos os cantos conhecia a famosa festa que iniciava às 00:00. Parecia um sonho. O sonho sem rostos e de alegria. A alegria de durar eterna.
Gabrielle envolta de um círculo íntimo de amigos, compartilhavam iguais interesses. Leonardo, por sua vez, esbulhava os olhos a cada  minuto na direção de Gabrielle.
Aquela festa prometia.



Leonardo visualizou o alvo. Hesitou em preparar sorriso. Depositou copo sob balcão. Trespassou os dedos entre os fios da nuca. Bajulou a sempre presente segurança. Nisso, deu alguns passos. A garota jazia de costas. Leonardo a alcançou. Foi aí que o sonho transmudou em pesadelo. Ele quase tropeçou em seus medos e engoliu o sonho.


Gabrielle entreabriu os olhos azuis como o mar, coração acelerou, e respirou ensandecidamente. O ensandecido era um sonho. Alívio preenchera as estrelas escondias sob a  janela fumê.


                    Tudo desabou para Gabrielle. Ela tinha grande sonho. Passar no vestibular. Entretanto, não conseguia. Ela pensara em desistir. No entanto, quando o desistir chegara, a oportunidade surgira.

                    Leonardo amarraria uma chance com a pessoa que amava. Contudo, não dava certo. Eis que surge a oportunidade quando ele precisa fazer mudanças.


   Certa vez, Gabrielle perguntou a Leonardo:
   - Você é tão cheio de vida assim?
    Leonardo, em meio ao volume altíssimo do dj, corpos que se movimentavam sem pensar em nada, obscureceu a expressão anteriormente exuberante. As luzes cegantes piscavam constantemente sob Gabrielle e Leonardo. Aqueles olhos de mel brilharam por um segundo pensativo. Os cachos há muito cortados. A beleza morena, no entanto, ainda faziam mulheres arquearem o embasbacamento. O corpo reto coberto de músculos.
  Os músculos cobertos de trajes pomposos como sua personalidade invencível. O invencível de sempre estar  rodeado de mulheres estonteantes ou nem tão belas assim.
   Ao fitar o azul da cor do mar daqueles olhos profusos de Gabrielle, Leonardo constatou:
    - Você parece cheia de vida agora.
     Gabrielle entendera o recado. Nem sempre o senhor do humor sorria por expressar contentamento.


Amizade que não tem preço. Brincadeira de dois. Os dois que começam na infância. Depois ao crescer, ficando sério, sorriem da vergonha de se vê.
São dois amigos juntos. Os dois mais confidentes irritantes do mundo. Que se conhecem por inteiro.


Sensação. Liberdade. Desafio. Frio. O fechar os olhos transmite todo um passado. O que foi que ela fez? Arrependimento? Jamais. Alguém disse que tudo é aprendizado. Ela concorda. Mais doí demais o aprendizado. Oco. Tudo oco e sem fluxo. Olhar que fecha é olhar que abre e vê olhos que te faz renascer. Você passou por aqui e estragou tudo. O estragar de agradescimento. O outro veio para ridicularizar. E a primeira pessoa veio aos poucos e chegou para ficar.